“Animal, produto ou vegetal híbridos são aqueles desenvolvidos por duas ou mais espécies ou plataformas distintas mas pertencentes ao mesmo gênero ou a mesma linha ou objetivo”.
Quando na transição dos eletrônicos valvulados para os de “estado sólido” (transistores) a industria montou vários produtos “híbridos” (mistos de válvulas -amplificadoras de tensão- e transistores -amplificadores de voltagem-), estes são exemplos de híbridos em produtos inanimados de consumo.
O carro anfíbio pode ser considerado um veiculo híbrido, neste caso ele faz uso de dois suportes para locomoção, água e terra.
A propaganda e marketing atualmente utilizam estratégias hibridas para promoção de produtos na sociedade de consumo, basta pensarmos um pouco e trazermos à lembrança vários exemplos de uso de varias plataformas interagindo entre elas, amalgamando plataformas híbridas, (internet, tv, rádios, jornais, patrocínio em “eventos culturais” e outros), na propaganda, poderíamos pensar que são direcionadas a incentivar produtos de consumo massivo, caso contrário as campanhas são mais direcionadas. Muitas vezes estas estratégias são de dificil identificação, como quando são utilizados ações subliminares ou quando se investe em cultura patrocinada.
Nas “guerras hibridas”, nem sempre há a necessidade de seus promotores utilizarem material bélico ou armas letais para atingir objetivos, porém pode ser que haja vitimas fatais ou não. Citando o Brasil, em 2013 foi dado inicio a uma “guerra híbrida” de proporções até então incalculáveis, ninguém tem ainda uma noção de onde iremos chegar e o que e quanto perdemos.
Um exemplo anterior e vizinho ao Brasil foi o Paraguai de Lugo. Porém, a oficina para as “guerras híbridas na América Latina foi em Honduras de Zelaya, tendo seu ponto crucial em 2009. Se não houvesse uma embaixada brasileira que desse abrigo a Zelaya, não podemos calcular o que adviria.
Antes, o Oriente Médio foi o grande laboratório mundial das “guerras híbridas“. Desde a criação pelo ocidente da “Al-Qaeda“, ao espetáculo midiático mundial das “industrias de armas químicas de Sadan Husseim” (ninguém esta defendendo o tirano classista, porém ficou comprovado que não existiam fabricas de armas quinicas no Iraque) usadas como pretexto de invasão.
UM SINTOMA DE “GUERRA HIBRIDA“:
Brasil, ano de 2013. ninguém percebeu, porém quando a especialista em logística do Pentágono Liliana Ayalde (ex embaixadora no Paraguai de Lugo)) aportou no Brasil, começaram as manifestações do “MBL” e “Vem pra rua”, tudo isso por singelos R$ 0,20 no aumento das passagens de ônibus na cidade de São Paulo. Em 2016, Ayalde foi substituída pelo experiente especialista em limpeza Peter Michael McKinley (ex Afeganistão). Fato curioso, McKinley foi aprovado pelo governo golpista, mesmo antes de ter seu nome aprovado para embaixador no Brasil pelo senado estadunidense.
O caso mais atual talvez seja a Nicarágua. O cerne de toda “guerra híbrida” travada atualmente no pais é a construção do “canal da Nicarágua”. concorrente direto ao “canal do Panamá” (o Nicaraguense, apesar de ter um percurso um pouco maior, será mais viável financeiramente por muitos motivos), a construção do “canal da Nicarágua” será totalmente custeado pelo tesouro Chines, com a logística de segurança feita pela Russia, sem dificuldade para concluirmos que este canal quebra a hegemonia estadunidense na região e em toda América Central e América do Sul.
Como atualmente é mais dificil vender ao mundo aburguesado uma guerra convencional, estrategistas desenvolvem “guerras híbridas” pelos quatro cantos, começando por uma formula medieval que afirma “dividir para governar“. Como foi o recente caso da Venezuela e Equador. Na Venezuela a nação se encontrava mais fortalecida, os venezuelanos estão procurando e encontrando o próprio caminho, longe das fórmulas prontas que pouca utilidade oferecem, no Equador e Brasil não obtivemos a mesma vitoria e a “guerra híbrida” saiu vitoriosa.
Alguns sintomas na Venezuela nos mostram algumas táticas utilizadas na “guerra híbrida“: “Desabastecimento de gêneros” criminosamente proporcionado pela classe dominante daquele pais, os “bachaqueros” e os “guarimberos“,”população migrante“, quanto a estes últimos, sabemos não ser um numero significativo, (a Venezuela recebe mais pessoas vindos da Colômbia do que os venezuelanos que migram para o Brasil, ACNUR), usaram a mídia do Brasil e alguns políticos da direita golpista para lobby e propaganda contra este pais. Na “guerra híbrida” tudo é valido, tudo serve aos propósitos do imperialismo.
Alguns países que, conhecidamente sofreram e sofrem uma “guerra híbrida” atualmente:
Na América Latina: Honduras, Republica Dominicana, Nicarágua, Venezuela, Colômbia, Equador, Argentina, Paraguai, Bolívia e Brasil.
No Oriente médio: Irã, Iraque, Palestina (Gaza inclusa), Síria.
Na Europa: Turquia e Croácia.
Na Africa: Somália, Sudão, Sudão do Sul e Nigéria e outros mais antigos.
Na Asia: Coréia do Norte, Coréia do Sul .
Como podemos perceber em alguns exemplos, a “guerra híbrida” utiliza vários argumentos, varias fórmulas. Desde o religioso, cultural, étnico etc. Com vitimas, massacres, com pouco sangue ou muito sangue, ou nenhuma vitima física como é o caso de Lula, Dilma, Dirceu, Genoíno no Brasil, Zelaya em Honduras, Lugo no Paraguai, Chaves e Maduro na Venezuela, Evo na Bolívia, Correa no Equador, Cristina na Argentina, Ortega na Nicarágua e por aí vai.
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